Acabámos de passar por mais uma campanha política, o PORTO DA HORTA, andou na boca de todos os partidos políticos, que por aqui fizeram campanha, promessas vãs?
Só mesmo o tempo, o dirá...
Mas afinal, qual a história deste porto, o que o distingue dos outros, toda a vida fomos criticados por viver á custa de "aventureiros", da marina, etc...
Mas porque razão, agora todos querem Marinas, todos querem ser a porta de entrada do iatismo internacional?
Será que tanta critica, afinal era dor de cotovelo?
Vou transcrever algumas frases, escritas em meados do século passado, para compreendermos o porquê desta Baía, ter sido o que foi, e as suas potencialidades num futuro...
"Um grande elemento de prosperidade da ilha do Faial, aquêle que vem à cabeça do rol, foi sempre o comércio marítimo, o comércio do seu pôrto - a baía da Horta. Para isso Deus a bafejou. Cada região tem o seu motivo de vitalidade ... o Faial teve o merecimento do seu pôrto e da sua situação geográfica a torná-lo ponto de importância para as necessidades das rotas marítimas e outras. Aproveitando, pois, êsse predicado natural não faz e nunca fêz mais que aquilo que deve, como outros... Se o não fizesse seria um crime - uma parvoíce."
Com a chegada em 1809 do cônsul Americano John Dabney, o Porto da Horta começou a ser escala obrigatória, para cargas, descargas e reparações, tudo devido ao "olho" para o negócio desta personagem. No Faial, existiu a nível de reparações navais, operários especializados (calafates) do melhor que existia no País.
As épocas áureas, foram a da laranja e do vinho, passando também pelas frotas baleeiras e como base naval, para se ter uma ideia, aqui ficam alguns números:
Ano de 1856 - 327 navios
Ano de 1877 - 493 navios
Ano de 1878 - 500 navios
Ano de 1919 - 453 navios
Ano de 1920 - 576 navios
Apesar dos altos e baixos, não há nenhum porto nos Açores, que tenha a história desta Baía, será mesmo bairrismo nosso, ou cegueira de governante?
2 comentários:
Olá!
Os políticos são demagogos, nas eleições prometem tudo, até oferecem a mãe, a mulher e as filhas se for necessário! Aqueles panfletos de propaganda política são uma utopia. Mas depois, o vento leva tudo! São só promessas vãs.
Creio, no entanto, que é pouco sensato comentar as pessoas das outras ilhas como " manhosos das outras ilhas", sobretudo quando este blogue é visitado por pessoas das outras ilhas. A rivalidade não deve ser contra as outras ilhas, mas sim contra os governantes desta precisa ilha, Horta, que estão empenhados em afundá-la.
Não costumo a ler os comentários alheios, mas este infelizmente passei os olhos e, por isso, deixo-lhe umas palavrinhas de Vítor Belanciano: “O sonho de muita gente: um mundo rasurado, sem surpresas, tensões e receios, simplesmente não existe. Não está à venda em nenhum lado. O melhor que se arranja, e não é em qualquer loja, é saber viver com isso.”
Beijinhos da micaelense,
Graça Mello
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