É um espanto, como andam as coisas por cá, na blogosfera então nem se fala. As enormidades que se dizem, o que tá a dar agora é o tema Avião, são estatísticas vistas por 3 lados, cada um á sua maneira, são os números de passageiros, o tamanho da pista, o vento de que lado sopra, quem deve ter mais voos, mais aviões...
São apelos ao boicote de viajar para este, ou aquele aeroporto, são ideias de encerrar o canal, é chamar associação parasita a duas ilhas que desde sempre possuem laços comerciais, de sangue, de amizade, de ajuda. Bem por estar a dizer isto, vão dizer que é fácil falar já que nós Faialenses somos na óptica (felizmente) de poucos Picoenses o Lobo Mau, cabendo a eles o papel de vitimazinha, se houve injustiças, talvez, se houve tratamentos desiguais, é o mais certo, mas será que todo este tempo, ainda não deu para perceberem que os verdadeiros "Lobos Maus", não estão cá deste lado?
Claro, que até para isso, eles tem resposta, tipo: é tudo devido á proximidade, ao mesmo número de pessoas, mas no dia a seguir, lá continuam na mesma festa...
Na imprensa escrita, por alguma razão raramente alguém abana o sistema, esta semana, posso dizê-lo, li um artigo daqueles que faziam falta á muito tempo.
Aqui fica algumas citações:
"Decorridos 475 anos, como se pode ainda lutar por uma causa? Porque é justa? Ainda não decorridas 3 décadas, como deixámos de lutar pelos Transportes, pelo Turismo, pelas Pescas..., que nos fugiram, consciente e progressivamente.
Pela presente fuga da Companhia de Infantaria da Horta, pelas futuras fugas do Comando da PSP e da Direcção de Finanças para Ponta Delgada, da Cadeia para Angra do Heroísmo, pela política aérea centralizada em Ponta Delgada, pelas tentativas de centralizar a política de transportes marítimos (passageiros e carga) na Terceira, etc."
Será preciso fazer um desenho, ou já dá para perceber quem é o "Lobo Mau", mais uma vez na blogosfera, vi algures alguém que queria o mesmo número de Secretarias e empregos públicos no Pico, como o Faial tem. Para esses tenho uma novidade, se os tivessem, se calhar era por pouco tempo, já saíram de cá alguns, e provavelmente se seguirão outros. Se a Assembleia Regional tivesse "rodas", onde estaria ela neste momento?
E o problema dos Aeroportos, o que dizer a esses senhores, estatísticas, aumentos de pista, boicotes, embargos, etc..., acho que não, o que dizem a isto:
"Preparam-se outros esvaziamentos, com os mais diversos argumentos, ora porque são maiores, ora porque é melhor, ora..., ora...!Os mais graves acontecerão já em 2016, se até lá tudo continuar na mesma. Os Açores terão uma única porta de entrada na Região (Portas do Mar) para ligações aéreas e marítimas para o exterior, quedando-se a Terceira como porta alternativa! O resto?
Serão simples ilhéus, habitados ou não...veremos!"
E as Pescas, o que dizer? Picoenses, Faialenses, andam a dormir?
"Incentiva-se uma fábrica em Rabo de Peixe, para combater o desemprego da mão de obra feminina, depois alugam-se os barcos do Faial - Pico para, em vez de pescarem, transportarem o peixe para São Miguel, e depois dão-se prémios para o abate da frota azul...
Pior do que isto, não conheço, é roubar os ovos debaixo da galinha, é retirar-nos trabalho e riqueza por cá para distribuir por lá..."
Para finalizar, mais uma, que é no mínimo escandalosa...
"Leve e brevemente, a região passará de mil para 1750 lugares de amarração nas diversas marinas...Só São Miguel verá acrescer a sua capacidade em mais de 476 postos, enquanto a capital do iatismo se vê esvaziada, quer pela transferência dos postos de amarração para locais sem barcos, por políticas de preços de combustíveis, quer ainda por erradas contagens de barcos por lá, em que sempre que saem e voltam no porto, contam, como se viessem das Américas...Aqui, já não há preocupação de aferição de critérios, de lealdade e de verdade.
Enquanto isso, a Horta beneficia de uma rota internacional que a defende, obrigando os iates a fundear na baía, ..."
Será que ainda não dá para perceber???
Será que o mal do Pico está no Faial, que o de São Jorge está no Pico???
Caros Senhores, temos de promover o nosso verdadeiro "produto" - o Triângulo. Um bom princípio é acabar com as "turras" inter-ilhas. Vamos divulgar as nossas três lindas ilhas, só a procura por parte dos visitantes, desbloqueia as infra-estruturas necessárias e que todos nós queremos.
Isto não é incentivar guerrilhas com outras ilhas, tão a fazer pela vida, pois algumas não dispõem da beleza que no triângulo abunda, e outras, lá por terem a mania da capital, querem tudo para eles.
O que acontece, enquanto nós andamos ás "turras", eles devagarinho e silenciosamente vão levando a água ao seu moinho, quando abrirmos os olhos, poderá ser tarde de mais.
Vamos divulgar, este belo cantinho, conhecido entre nós como triângulo, tenho quase a certeza que é a nossa melhor aposta...
citações: Paulo Oliveira, in jornal "Incentivo", 28 de Fevereiro de 2008.
6 comentários:
Pelo que vejo em inumeros blogs em que silenciosamente navego, essa rivalidade esta bem presente, nao sabendo a razao para qual isso acontece, se "ciumes" por parte duma ou outra ilha, se por parte dum ou outro "blogger" de atrair movimento para o seu Blog... A logica esta bem presente, mesmo sem falar de aeroportos e voos... Temos a vantagem da proximidade, proximidade esta que nao vejo em mais nenhum conjunto de ilhas, e o que acontece? Faz se birras por uma ter isto ou ter aquilo... para concordar com o que se foi dito, que tal deixar de ser tao picuinhas e começarem a cooperar? (Embora saiba que haverá sempre alguem com dor de cotovelo...)
Li o artigo e percebo bem a mensagem, mas o importante é mesmo a cooperação, o que sempre tenho defendido, deste modo qualquer uma das 3 ilhas do triângulo ganhará e com o tempo e com as sinergias geradas, o triângulo não mais parará, será nessa época que cada uma das parcelas mais reivindicações pode ter não por rivalidade mas porque a força das suas economias assim o obrigará. queiram os ilhéus deste espaço ter boa vontade em abraçar o projecto do Triângulo.
Tenho de concordar, apesar de já ter ajudado á "festa".
Não se trata de haver ciúme ou dor de cotovelo de uma determinada ilha - aquela que foi sempre a mais beneficiada das políticas, como capital de distrito, e dos pergaminhos ancestrais de superioridade (já caducos). Estes factores de desenvolvimento favoreceram o Faial, independentemente do querer ou actividade das outras ilhas. Trata-se, tão só, de colocar o Pico - não só ao nível dos transportes, no caso presente, aéreos, como também no acesso aos cuidados de saúde - no lugar a que tem direito, não obstaculizando o seu desenvolvimento com políticas penalizadoras como é não favorecer a entrada/saída de/para o exterior utilizando o seu aeroporto. Como é sabido, o aeroporto da Horta capta quase todo o movimento gerado pelo Pico de/para Lisboa, e algum inter-ilhas pois que as ligações pouco servem os passageiros do Pico (O contrário é que não acontece…). Que mal há em reivindicar mais voos no Pico, considerando mesmo a complementaridade dos dois aeroportos – mas em equidade: a distância do canal é a mesma nos dois sentidos? É justa a disparidade de voos de 5 para 1, e ainda mais gritante no Verão, de 14 voos para 2 semanais? Se acham que sim, então não há conversa possível. Atenda-se à dimensão e potencial de desenvolvimento de cada uma, e não se comprometa, ou adie, o progresso.
Sei que o número de camas, é sempre dado como justificativo, mas esse não chega ao dobro Faial versus Pico. Nesta lógica, a razão 2/1 aceitar-se-ia Até 3/1 concederíamos – lá está a tradição a ditar leis... O estado actual é que é clamoroso. Não se trata de estar contra o Faial, mas contra a falta de actividade de quem de direito, sobretudo políticos da Região e do Pico que não defendem esta ilha à mesa dos acordos de Serviço Público de transporte aéreos com o Governo da República.
Para além disto, é claro que também me toca o esvaziamento de todas as ilhas em favor da do Arcanjo, mas também se compreende que lá estão mais de metade dos açorianos, factor que não é, propositadamente, tido em conta nos “confrontos” Faial-Pico, em que, por aqui, por terem populações semelhantes, a dotação de meios e oportunidades seria equiparável, desfazendo o tradicional ascendente de uma em relação à outra. É preciso que aqui também haja lógica.
Plenamente de acordo com o “Triângulo” desde que não haja um ângulo de 90º e os outros de 45º. Vamos construí-lo a 60º para as três ilhas?
Ninguém está a dizer, que não devem fazer as reivindicações, que acham que necessitam em cada uma das ilhas, mas tal como é mencionado no post, ou aqui pelo Geocrusoe, só quando as ilhas do Triângulo, forem um destino atractivo se poderá concretizar muitas das aspirações das 3 ilhas.
O que chateia, é sempre a mesma conversa, deixem o Faial em paz, lutem pela sua terra, nós por aqui fazemos o mesmo. A criar conflitos, nunca o Triângulo será uma realidade.
Por exemplo, quando a vossa pista foi ampliada, o aeroporto melhorado, viram alguém no Faial a "deitar abaixo", a criticar, ou simplesmente a dizer que não era preciso tal investimento???
Pelo contrário, ao saberem da nossa intenção de ampliar a pista, para satisfazer outras necessidades, que nós Faialenses achamos muito importantes, o que fazem vocês?
Fartam-se de falar mal, de comparar e toda essa panóplia de argumentos que se tem visto por aí, quer na blogosfera, quer nesse maravilhoso jornal "Ilha Maior"?
E depois vem com a cantiga, que não é nada contra o Faial.
Tenho sérias dúvidas nisso, sinceramente.
Como LC disse, sempre que vejo a defesa do Pico, é sempre a denegrir o Faial... Nao tenho nada contra a defesa da nossa propria ilha, até apoio e muito mas sem contrapeso do estilo "temos que ter por "ela" ou "ele" tem"... Apresentem a sua situaçao da melhor maneira que puderem, por necessidade e nao por o Faial ou sao jorge ter e nao adianta dizer que nao é bem assim porque em muitos blogs é o que vejo... Se existe "padrinhos", "padres" ou "bispos" será porque a situaçao já enoja de tal maneira que tem tambem de se defender da mesma moeda... Cumps Reverend
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