CAPELINHOS - O LADO HUMANO

Por alturas da comemoração dos 50 anos do Vulcão dos Capelinhos, li algures na blogosfera, um comentário que me deixou perplexo. Alguém criticava esta comemoração, seus motivos e suas justificações para tal não fazer, a meu ver fazem pouco sentido. Tal como aconteceu mais recentemente, com o sismo de 1998, as baixas humanas foram muito pouco ou mesmo nada significativas, e isto só por si , já é mais do que um bom motivo para celebrar.

Neste primeiro vídeo, está patente algumas imagens que correram mundo, e que mostram o desespero, a angústia e a incerteza sobre o dia de amanhã. Pessoas que de um dia para o outro, ficarem sem os seus bens, e à mercê da boa vontade de outros.

No segundo vídeo, está em destaque a preciosa ajuda que chegou, neste campo temos de destacar nesta primeira fase, a Legião Portuguesa e a nível moral a pessoa do Dr.Freitas Pimentel. A devastação dos terrenos cultivados e de pastagem, obrigou não só ao transporte de mantimentos para as pessoas, mas também ao de forragens para os animais.

Os Capelinhos, não foi só um vulcão, foi um verdadeiro drama para muitas famílias, não é todos os dias que se acorda e tem um vulcão activo como vizinho.

Felizmente até hoje, nunca mais se repetiu esta tragédia em terras Açorianas, será uma questão de anos, talvez...

Uma coisa porém é certa, devemos celebrar sim, pois foi através da entre-ajuda, dos Faialenses, de pessoas de ilhas vizinhas (Pico por exemplo, no inicio acolheram algumas famílias), do Governo da altura e depois dos Estados Unidos da América, que foi possível dar sequências a muitas "vidas", que neste período trágico na história da Ilha do Faial, viam o seu futuro seriamente comprometido.

Agora, com as futuras inaugurações que se avizinham, no local de tal tragédia, importa deixar um legado, para estas e outras gerações terem a noção do verdadeiro pesadelo que se abateu sobre muitos dos seus antepassados.