O TEMPORAL DE 1986
São memórias menos bonitas, mas que também fazem parte da nossa vida.
A 15 de Fevereiro de 1986, o Faial foi atingido por um violento temporal, ventos e chuvas fortes, fizeram das suas.
Algumas das centenárias e gigantes araucárias não suportaram as fortes rajadas e causaram além de grandes sustos, prejuízos de maior vulto.
Várias freguesias ficaram sem fornecimento de energia eléctrica durante vários dias, afectando assim a vida de toda a gente. Até alguns "robustos" postes de alta tensão foram partidos devido á intensidade dos ventos.
É a recordar estes momentos, que me salta à memória um dito extraordinário, que de certa forma capta a essência deste povo ilhéu, já o mencionei neste blog, mas sempre que tenho oportunidade gosto de o mencionar, aqui fica:
"Viver nas ilhas Açorianas é uma estranha forma de vida - é ter sempre o credo na boca. Porque é o mar que se revolta, os vulcões que acordam, a lama que arrasta, a terra que treme...Seria exagero dizer que esse é o dia-a-dia dos Açorianos, claro que não é, mas escolher aquele arquipélago para lugar das nossas vidas é a certeza de que, em algum momento, se conhecerão tragédias que moram ao lado ou nos batem à porta. E, no entanto, há Açorianos a viver nos Açores.
Há Açorianos a viver nos Açores e só não o entende quem não conhece os pedaços de terra mais belos de Portugal. Os Açorianos não se cruzam com a Natureza nos manuais de ecologia: conhecem-na de olhar à volta, conhecem-lhe as iras terríveis mas dádivas também..." (Ferreira Moreno - Jornal "24 horas")
Fotos cedidas pelo Sr. Alexandre Sequeira
4 comentários:
Era engraçado saber para onde vão todos os carros que deixam de ter utilidade aos proprietários na nossa ilha e nas restantes. Seguem para lixeira, desmantelamento????
Bem como electrodomésticos?
Bem, agora os sucateiros compram tudo, antes se calhar ficavam para aí a apodrecer num canto, lol.
Voei nas asas do tempo ao ver estas imagens. Tinha então apenas 11 anos, mas lembro-me de cada pormenor que estas imagens mostram como se tivesse sido ontem. E assino por baixo das palavras de Ferreira Moreno.
Enviar um comentário