domingo, 2 de setembro de 2007

O que se tem escrito VII...

O ALINDAMENTO DA AVENIDA MARGINAL


"Ao visitarmos durante a Semana do Mar a feira Expo-Mar na Marina da Horta, foi com muito agrado que se verificou a possibilidade de observar a maquete das obras a realizar no reordenamento do nosso porto.
A ideia que fica é que se trata de um projecto de muita qualidade, nomeadamente na operacionalidade do novo porto e gare para passageiros a construir junto à freguesia da Conceição.
Penso que irão estar criadas as condições para uma revitalização de actividade portuária, entre elas a instalação da construção e reparação naval em maior escala, aproveitando a nossa localização privilegiada no meio do atlântico, empresários locais com qualidade notável neste ramo, e a ligação ao iatismo internacional.
A reconversão do Largo Manuel de Arriaga irá valorizar toda aquela zona, nomeadamente o Hotel do Canal, zona que de momento não tem absolutamente condições nenhumas de apresentação condigna.
Mas o que me parece mais importante agora é conseguir a ligação harmoniosa entre a zona urbana e o "novo" porto, nas mais diversas vertentes.
Ao alindamento significativo da avenida marginal anunciado pelo Sr. Presidente do Governo Regional, deverá ser acrescentada a funcionalidade de uma artéria principal no escoamento do trânsito, que irá mudar por completo com a deslocação da gare de passageiros para o fim da mesma, na freguesia da Conceição, o que tem de ser muito bem estudado.
Não tenho dúvidas que é absolutamente necessário alargar em pelo menos metro e meio a dois metros a estrada existente, possibilitando uma circulação de viaturas com outra fluidez, o que não é possível fazer nas actuais circunstâncias.
Agora que quase todas as cidades açorianas já perceberam que a existência de uma marginal com qualidade valoriza e muito o tecido urbano, a Horta possui um filão turístico único, com a vista fabulosa sobre a majestosa montanha do Pico, e todo o enquadramento da nossa cidade baía, absolutamente magnífico.
É por isso que defendo a criação de um espaço verde a construir na actual zona do quebra mar existente, composta por jardins modernos e com a colocação de quiosques e esplanadas de grande qualidade, exactamente para podermos usufruir, locais e visitantes, da excelente paisagem que nos rodeia.
Se é necessário fazer um aterro por completo, ou optar por uma solução de laje de betão assente em pilares, ficando o quebra mar sob a mesma, isso é tarefa para os técnicos, tendo em conta que uma parte substancial já fica bem protegida com a criação do novo molhe a norte da baía.
Esta é uma oportunidade de ouro para realizar tal obra e que não pode ser deixada para depois, correndo-se o risco de ficar tudo em águas de bacalhau.
Tenha o Governo Regional a visão e percepção do interesse para a Região, na sua valorização turística, e estou certo que o que vier a ser feito andará por uma solução desta natureza."


Francisco Espínola, in jornal Tribuna das Ilhas, 31-08-2007

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