terça-feira, 13 de maio de 2008

DEBATE - PARTICIPE COMENTANDO - A SUA OPINIÃO É IMPORTANTE


No post recente TRÊS NAVIOS DE CRUZEIRO EM 5 DIAS, um dos nossos visitantes que assina como AMG, fez algumas perguntas interessantes, que me levou a pensar num debate online, assim e pela primeira vez neste blog, já antes tinha sido sugerido pelo meu amigo Geocrusoe, e até à próxima semana, ficará aqui, aberto à discussão. Não voltarei a publicar mais nada até lá, para permitir a quem quiser participar, deixar o seu contributo, desde que seja construtivo.




Antes de mais, é necessário esclarecer um aspecto crucial, ao falar neste assunto é preciso ter em mente que já está em fase de conclusão o primeiro porto construído de raiz, destinado exclusivamente ao movimento de passageiros, nomeadamente navios de cruzeiro. Se o Governo Regional tivesse realizado um estudo independente livre de "bairrismos", sobre qual o melhor porto da região, para a construção de tal infraestrutura, não tenho a menor dúvida que o porto da Horta seria o escolhido, pelas razões que a seguir se descrevem:




  1. Que outro porto, que não o da Horta, apresenta o enquadramento paisagístico magnifico que o envolve?


  2. Para usufruir de tal beleza, nem é necessário abandonar o navio, para um lado temos a mais bela cidade-baía de Portugal, para o outro temos a majestosa Montanha do Pico, o que é impossível de igualar em qualquer outro porto da Região e não só...!


  3. Sabemos à partida, que este tipo de turismo, não fica dependente da capacidade hoteleira instalada em cada ilha, em relação ao serviço de autocarros, já existe alguma capacidade de resposta que pode e deve ser melhorada, tendo em conta o aumento da procura.


  4. Sendo o porto da Horta, aquele que maior movimento de passageiros gera, a nível Açores, não será agora a verdadeira oportunidade de dar o impulso à ideia "triângulo", fazendo os turistas dos cruzeiros, visitarem as ilhas do Pico e São Jorge? Haverá outro porto nesta Região que também disponha da possibilidade de uma oferta destas?


  5. Não será deveras importante que no porto que oferece melhores condições para o turismo de cruzeiro, existir um cais completamente autónomo do movimento do cais comercial?


  6. Estes navios costumam ter uma permanência no porto de algumas horas, é o suficiente sem ter que fazer muitos kms, para ficarem maravilhados com a visita aos miradouros da Espalamaca, do Monte da Guia, e ao futuro miradouro do Monte Carneiro (se algum dia vier a existir!!!), por outro lado, com uma possível visita às duas outras ilhas do triângulo, a permanência no porto teria de ser alargada para dois dias, pois acreditamos que será certamente gratificante para todos os participantes no cruzeiro terem oportunidade de conhecer num curto espaço de tempo a distinta beleza destas três ilhas.


Haverá certamente outros argumentos, e é importante que sejam apresentados e enunciados, para o conhecimento de todos.


FE/LC

36 comentários:

Carlos Faria disse...

antes de responder às várias questões levantadas no post, algumas ideias:
Considero as obras do porto essenciais, sobretudo porque a vocação turística deste porto não surge por decisão política, mas sim pelo potencial natural do enquadramento.
Devido à dimensão populacional e geográfica da ilha, o Faial não tem grande potencial económico ao nível da indústria ou da agricultura, mas o turismo é de facto um potencial que só se consegue aproveitar com boas acessibilidades: o aeroporto - para visitas tradicionais em hoteis, e o porto - para o turismo náutico ou de cruzeiro e infra-estrutura fundamental no triângulo.
Mais importante do que a dimensão da obra, como cidadão, considero que o projecto a implementar não pode comprometer o aumento da capacidade futura do porto, ou se maximiza já a capacidade actual ou, em caso contrário, a intervenção terá de assegurar a possibilidade de expansões se tal vier a ser necessário.
O triângulo turisticamente é equilátero ou seja as potencialidades das 3 frentes têm de ser tratadas de uma forma integrada e igual pelos agentes das 3 ilhas, isso só se consegue com união perfeita entre as partes e as acessibilidade entres estas têm de ser também maximizadas pela via marítima.
Uma ressalva pessoal, um projecto pode ser legal e tecnicamente viável e terei de dizer isso se for verdade e isso não é uma declaração de concordância individual.

Lc disse...

Já aqui temos uma ideia fundamental, a de não comprometer o futuro, maximizando desde já, ou deixando em aberto a possibilidade de uma futura ampliação.
Isto é que é verdadeiramente fundamental assegurar.

Anónimo disse...

Não tenho dúvidas que a baía da Horta é o local mais espaçoso e abrigado do Atlântico Norte, pelo que tem que haver todo o cuidado em não estragar esta dádiva da natureza.
Como tal esta baía tem de ser encarada como um interface entre terra e mar de importância universal e não apenas local.
Face ao acima exposto não deve haver preocupações de custo do investimento, mas projectar uma obra que se destina a ser utilizada
a bem da humanidade.

Anónimo disse...

Primeiro, quero louvar a tua disponibilidade para tratar uma assunto tão importante e delicado para a economia da "nossa" terra.

Segundo, a minha opinião é essencialmente técnica, sou geógrafa e mestre em Ordenamento do Território e Planemaneto Ambiental, a minha tese foi precisamente sobre o Plano de Ordenamento Turístico que o Governo se propõe aprovar, mais propiamente "Os Impactes do POTRAA na ilha do Pico", mas a realidade do Faial é praticamente a mesma.(o que preconiza para o Faial é tema para outro forum).

Penso que é importante cruzar os objectivos do POTRAA e do PDM, numa análise de coerência e avaliar se ela existe ou não.Outra aspecto é precisamente a análise da classe de espaços e a respectiva legislação em vigor, quer comunitária, nacional e regional e os objectivos do PDM (confesso k não conheço a fundo o da Horta e nem sei se há Plano de Pormenor), ou seja, para se argumentar e defender a nossa dama precisamos de estar bem munidos de argumentos técnicos e consistentes.
Quanto ao POTRRA cito " A distribuição espacial do POTRRA, quer a nível da oferta, quer da procura, apresenta assimetrias e desiquilíbrios para os diferentes grupos de ilhas de região, ao gerar uma única centarlidade.É certo que ilhas que possuem maiortes centros urbanos revelam maior vocação turística. Contudo, começam a surgir novas motivações de preferência pelas ilhas com maior ruralidade e novas modalidades de atracção para os turístas nessas ilhas..

Este plano não visiona a criação de uma outra centralidade. O Triângulo será pois a iniciativa que vem sendo prteparada com o desejo de descentralizar a procura, possibilitando a diversificação da oferta ...

A localização geo~estratégica do porto da Horta é única no contexto arquipelágico, a sua história confirma e atesta.

Não quero monopolizar este teu espaço. Neste momento é muito importante todos despirem o casaco político e unirem-se como pessoas sensatas e credíveis para defenderem uma mais valia económica e social para o Faial e quiça, para o Triângulo.
Estou disponivel para dar o meu modesto contributo.
Abraço.
Fernada

Rui Medeiros disse...

Sem ter grandes conhecimentos na matéria, a ideia que dá é que se anda a "encafogar" muita coisa no mesmo sítio. E não é só na Horta, as portas do mar também não parecem um verdadeiro aumento do porto de Ponta Delgada.
Muita coisa no mesmo sítio gera confusão, restrições na operacionalidade e restringe a longevidade da obra.
Mais uma vez, porque é que não se faz uma coisa para durar de uma vez só, no lugar de andar sempre aos remendos, que no final de contas acaba por custar mais?

Nilson Barcelli disse...

Como sou continental e não conheço a realidade local, não tenho opinião sobre o assunto.

De qualquer modo, não acredito que o Governo Regional tenha tomado as suas opções sem nenhum estudo prévio e sem discussão pública.
Mas com a pressa isso às vezes acontece...

Bom resto de semana,
Abraço.

Paulo Pereira disse...

Ora cá está um tema deveras interessante.
Penso que a existir no triângulo, o porto terá de ser na Horta. O Pico, e penso também que S. Jorge, terão de evoluir para um turismo mais ecológico, mais rural - concordo com a Nanda.
Assim, como diz o Geocrusoe: o Faial poderá tirar mais partido deste tipo de serviços, aliás este tipo de volumetria e betão não será muito adequado às outras ilhas, penso.
Então deve-se construir esta obra no Faial?
Sejamos francos, é necessário um estudo de viabilidade que preveja quantos navios passarão.
Por último, mas não em último lugar, é necessário considerar a degradação da paisagem que este fará à baía da Horta.
Pessoalmente, acho feio a destruição do lindo porto de Ponta Delgada, ou mesmo a protecção das Lajes do Pico, de onde sou natural.
Sei, contudo, que o tempo não pára e temos, por vezes, de sacrificar o ambiente em prole do consumo.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Pois é, quando fizemos a marina nos anos 80 (salvo erro), toda a gente criticava, estes gajos vivem à custa dos estrangeiros, o k se vê agora, não há ilha que não tenha ou não keira uma marina, e outros como estão a ver k isto dá, fazem obras colossais sem qualquer fundamento realista.
Concordo plenamente que a haver uma obra como as portas do mar, devia ser sem dúvida da cidade mar, a Horta. Apertem com esse vesgo de secretário, o homem algum dia há de perceber.
Bem hajam

Anónimo disse...

Caro LC, por esta é que eu não esperava!
Para adicionar algo mais para meditar, deixo aqui o link de um blog madeirense que se preocupa com o «seu» porto e os perigos e cuidados da sua ampliação:
http://farinha-ferry.blogspot.com/search/label/Porto%20do%20Funchal%20%28Funchal%20Harbour%29
(têm de fazer um «scroll» inicial para o tema; notem as fotos do porto com os paquetes: 40 milhões (!)de euros/ano de negócio nesta área para a RA Madeira...)
A «roda» já foi invententada á muito, deixemo-nos de «inovações», com os seus «brilhantes estudos e orientações»; estude-se, sim, o que foi feito noutros lados (com os benefícios e as asneiras que se fizeram) e adapte-se o que se acha melhor para a Horta, é a minha opinião inicial.
cumptos
amg
PS: e não se esqueçam do Mar, esse amigo traiçoeiro...

Lc disse...

BEM ISTO ESTÁ A COMEÇAR A FICAR ANIMADO, REALMENTE DEPOIS DE IR VER O LINK, RECOMENDADO PELO NOSSO AMIGO AMG, ACONSELHO A TODOS OS QUE SE PREOCUPAM COM O PORTO DA HORTA A IR VER TAMBÉM. AQUI FICA:

http://farinha-ferry.blogspot.com/search/label/Porto%20do%20Funchal%20%28Funchal%20Harbour%29

Lc disse...

Ainda sobre este link, sem dúvida que é outra maneira de ver as coisas, ou a Madeira não estaria já a alguns anos luz, em relação aos Açores no que respeita ao turismo.
Caro amigo AMG, grande descoberta, isto é digno de ser visto pelos nossos politicos de trazer por casa, realmente deixam muito a desejar. Acho particular piada numa frase usada nesse blog, e que aqui se ajusta perfeitamente: " Não ao analfabetismo marítimo - varrer o paiol de todos e quaiquer elementos terráqueos portadores do Sindroma da Ignorância Compulsiva Marítimo - cultural. Desembarcar pela borda os inimigos dos navios e do Mar." Com uma baía fabulosa destas e ainda com mais duas lindas ilhas aqui tão perto, MEU DEUS, que potencial escala...não desfazendo as belezas da Madeira, mas o triângulo está noutro patamar, infelizmente há muita cegueira nos Açores, ou melhor muita malandrice...

Lc disse...

Nanda, felizmente para nós e para a humanidade em geral, ainda existem espaços fantásticos para se visitar, nós Açorianos estamos no paraíso, a nível ambiental, a nível de segurança, a nível de belezas naturais, estamos muito bem e já somos recomendados, compreendo perfeitamente o que dizes, mas a existir alguma centralidade aqui, terá de ser no Triângulo, este sim é um possível super destino turístico, apesar de haver por aí muito boa gente, que não queira ver, ao "encalhar" o porto da Horta, estão a comprometer o futuro destas 3 ilhas. Nós somos pequeninos e assim queremos continuar a ser, mas as 3 ilhas juntas, serão no futuro um caso sério turísticamente falando, isto, se lhes derem condições, ou então, se nós simples açorianos evitarmos que meia dúzia de "iluminados" comprometam o nosso futuro.

Lc disse...

Ao Rui Medeiros e ao Paulo Pereira, é bom ter opiniões do outro lado do canal, ninguém está a pensar fazer atentados ambientais, por isso mesmo, existe tanta discussão, mas caro amigo Paulo, temos de acreditar nas nossas potencialidades, se os milhares que passam pela Madeira, a acham linda e deslumbrante, o que diriam dos Açores, deste Triângulo fabuloso que nós temos. Enquanto nós fazemos estudos ou obras para remendar alguns anos depois, os outros avançam a velocidades de TGV, mesmo sem terem as nossas condições, ponderar sim, estudar sim, mas executar obras com visão futurista e não fazer um favorzinho às ilhas de baixo.

Lc disse...

Ao Nilson, estudos e discussões aqui por estas bandas tem muito que se diga, não foi há muitos dias que assistimos a declarações proferidas por Faialenses eleitos democráticamente pela sua ilha, que prefiro até não comentar...
E quanto ao Sr.Secretário, todos nós por cá sabemos a pouca simpatia que nutre por esta ilha.
Ao "Padrinho", sem dúvida, o que interessa menos aqui, é poupar uns trocos, ter cuidado com o que se faz, e como se faz é que importa.
Quanto à "hiena", será que chega apertar com ele, logo agora que deu numa de poupadinho...lol

Anónimo disse...

lc,
Certamente expressei-me mal. O POTRAA é que define um modelo de desenvolvimento territorial turístico com uma centralidade em S. Miguel, dois centros secundários(Faial e Terceira) uma periferia de 1ª ordem (Pico e S. Jorge), uma periferia de 2ª ordem (Graciosa, Flores e Santa Maria) e uma periferia distante (Corvo).

Eu, defendo precisamente o contrário do que é proposto e que brevemente será aprovado na Assemblei Regional.
A Câmara Municipal e a Câmara de Comércio devem estar na posse do documento (POTRAA).

O que eu tentei dizer é que fiz uma dissertação sobre esse documento, enfocando o Pico, propondo e defendendo a criação de uma outra centralidade" Triangulo", só que neste espaço não posso alongar muito. Daí disponibilizar o meu modesto contributo.

xistosa, josé torres disse...

Eu estive aqui, mas entrei e saí ...

Lc disse...

Entendido Nanda, Amigo Xistosa, escrevestes pouco, mas dissestes muito...eh eh eh

Carlos Faria disse...

pelo vistos a nanda tem uma opinião próxima da minha, quando acima falei do Triângulo equilátero, ou seja com a integração das 3 ilhas e onde as acessibilidades eram fundamentais, incluindo as marítimas, queria referir-me a esta unidade como uma centralidade turística una, que precisamente o POTRAA não defende, ao mesmo nível de SMg. Neste modelo que defendo (sempre fui um defensor acérrimo do triangulo) o porto, com as suas valências e capacidades, é uma estrutura fundamental e não pode comprometer o futuro.

Anónimo disse...

Amigos,
Dei um rápida espreitadela ao PROTA que está em dicussão pública.
Só na segunda feira terei oportunidade de me inteirar. Podem consultá-lo aqui http://sram.azores.gov.pt/drotrh/prota/documentos.htm.

Para a questão aqui exposta é interessante reflectir sobre o modelo territorial proposto.

É nestes planos e nos PDM que se decidem as questões, devemos estar muito atentos e agir nesta fase.

Anónimo disse...

Se não conseguirem através do link, está em http://amigoscalhau.blogspot.com/

Anónimo disse...

Concordo com muito do que já foi dito anteriormente. A defesa do chamado triângulo é fundamental para se conseguir criar uma alternativa ao onipotente mercado micaelense. Sem essa união de esforços nada será possivel realizar. Não é pelo POTRAA não fazer referência a essa realidade que deixa de ser possível a sua concretização, por mais obstáculos que existam.Agora, não se pode deixer uma só pessoa, neste caso o Sr,Secretário Regional da Economia, nos cortar as pernas precisamente na área mais competitiva que temos - a ligãção ao mar nas mais diversas vertentes.
Por isso é tão importante não deixar concretizar as alterações ao Porto de Cruzeiros na Horta, tão ponposamente apresentado pelo SR. Presidente do Governo Regional em Novembro/06. Sob pena de comprometermos o futuro de forma ireemediável.

Anónimo disse...

Dão-me licença?
Tudo o que foi exposto e comentado é, na realidade, muito bonito.
O pior é que continuamos a sonhar e os tais duzentos e muitos mil passageiros que diariamente atravessam o canal continuam à espera de melhores dias.
Já não se admite que para embarcarem e desembarcarem andem á chuva e que as bagagens sejam tratadas daquele modo. Já há 11 anos que na China (Macau e Hong Kong)da Gare saia uma passadeira que levava as bagagens para bordo e vice-versa.E aqui? Continuamos como há 60 anos.Pergunto: Se este movimento de passageiros fosse entre SMiguel e Santa Maria, como seria?! Não sejamos tontos, acordemos e devemos por bem os pés na terra e reivindicar.
Segundo ouvi dizer vão alargar a doca para que o desnivel existente fique na vertical e assim os barcos de maior calado possam encostar. Tudo bem, e quando houver cargueiros ou barcos do gaz ou combustivel? Terão de sair ou os cruzeiros zarpam?
Tudo isto nos leva a pensar que o tal porto projectado "foi à vida".
Quem melhor souber que esclareça. Nós agradecemos.
SM+

Je Vois La Vie en Vert disse...

Tama interessante mas confess saber muito pouco a cerca dele. Deixo a especialista na matéria se desbruçar sobre ele.
A minha atracção neste momento é o chocolate. Sabes alguma coisa sobre isto ? Se não e se estiveres interessado, vem visitar o meu cantinho e deixar-te tentar por muita doçura.
Beijinhos verdinhos com perfume a chocolate

Anónimo disse...

Bom, sobre as percentagens de pax´s do porto vs aeroporto apurei que em 2007 o aeroporto desembracou 95.000.
Se vierem este ano 10 paquetes com uma média de 500/paquete, temos 5,2%...
Os paquetes são um mercado sensível: ficam 12h em média e não fazem dormidas; são pessoas de dinheiro e que querem ser bem tratadas.
ok, mas e o «resto»?
Vou contar-lhe como se processa a chegada inaugural de um vôo no Funchal: nas escadas do avião os pax´s «levam» logo com ofertas de flores da região por meninas em trajes regionais; depois do controlo de fronteira, ainda não retiraram as bagagens dos tapetes «levam» com bailinhos regionais do folclore local.... Enfim, outra dimensão e, sobretudo, outros cuidados.

E agora:
- como aparecem «por aí» estes paquetes? É iniciativa do armador ou é já a direcção regional a fazer «trabalho de casa»? Nesse caso que coordenações existiram?

Será que o atracar no porto está também relacionado com o facto de ter passado a existir aí um rebocador (adquirido pela administração, e a que não se deu o devido relevo local)?

A remodelação do porto da Horta terá de passar, caso se queira entrar neste mercado (seguem-se as minhas humildes verdades de La Palisse):
- por ter uma gare marítima adequada, (idealmente que trate também os pax´s dos cruzeiros; actualmente, enfim... não vou entrar por aí...)
- por ter um cais preparado para tratar com rapidez os futuros navios ro/ro´s inter-ilhas
- o seu «layout» não pode esquecer os barcos de pesca, os iates/marina, «etc»...
Para os paquetes seria também necessário uma boa coordenação de transportes (cruzeiros e camionetas/autopulman´s «como deve de ser» para o Pico, de modo a melhorar a tal «massa crítica»)
Depois seria «atacá-los» com o que de melhor exista nas ilhas de modo a eles não só «ga$$tarem», como «passarem palavra» ...
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LC: devido ao seu hobby em fazer este blog, decidi oferecer-lhe algum trabalho de casa sobre o PROTA (obrigado Nanda); não o leiam e depois queixem-se.... e eu li-o na diagonal...!!!

no documento Vol.1 - Visão e Sistemas Estruturantes, em:
http://sram.azores.gov.pt/drotrh/prota/docsdp/prota/volume1_mai2k8.pdf
os transportes começam na pág 125 do «pdf»:
- concordo que as plataformas logísticas fiquem em S. Miguel e Terceira (não se brinque com coisas sérias)

sobre o porto, fiquei a saber que é de «classe A» (juntamente com Ponta Delgada e Praia da Vitória):
Classe A – portos com funções de entreposto comercial, com fundos de cota mínima de – 7,00ZH e cais acostável de pelo menos 400m;
e que, (eu não sabia) (pág 129 do «pdf»):
«(../..) No caso de Praia da Vitória, a sua consideração justifica-se por duas razões: por um lado, trata-se do porto com melhores condições naturais da RAA,(../..)»

e em relação ao aeroporto classificam-no como «gateway», definido como:
Aeroporto Gateway – infraestrutura aeroportuária com capacidade para movimentar menos de 500.000 mil passageiros por ano e apta a receber aeronaves do tipo Airbus-320. Nestes aeroportos, embora apresentem um cariz marcadamente regional, são oferecidas ligações para o exterior da região.

no vol.2, Modelo Territorial e Normas Orientadoras, pág.77 do «pdf»:
(../..) III.3.5. Reforçar as ligações marítimas entre a Horta, Madalena (Pico) e Velas (S.Jorge), gerando condições favoráveis a ganhos de escala, com um sistema urbano policêntrico no Grupo Central.(../..); (para o Pico fizeram copy+paste, adicionando «com ganhos de escala e optimização de serviços públicos»)
III.3.7. Melhorar as condições de pista e de funcionamento do aeroporto da Horta de modo a poder desempenhar a sua função de suporte a uma cidade-porta do modelo territorial.(../..)

no vol.3, Acessibilidades, transportes e logística, o mais importante para aqui, em
http://sram.azores.gov.pt/drotrh/prota/docsdp/outrosdocs/eft/EFTVol3_Acessibilidades%20e%20Transportes_MAI2k7.pdf
os transportes marítimos estão na pág 31 do «pdf»; na pág 38:
«(../..) Note-se que, mesmo com as actuais (más) condições disponibilizadas a este segmento, a procura dos Açores por navios de cruzeiro está a aumentar, prevendo-se, para 2006,a escala de 60 navios, o que representa um crescimento de 20% face aos 50 navios que escalaram a região em 2005. A conclusão do novo Cais de Cruzeiros, prevista para o segundo semestre de 2008, deixa, assim, antever um elevado potencial de crescimento deste segmento, o qual, recorde-se, contribui de forma significativa para a
economia da região (por exemplo, ao nível da restauração, dos agentes de viagens ou do comércio orientado para o turismo). (../..)»

-> Nota-se que «no canal» a Transmaçor já transportava em 2004 mais de 350.000 pax´s !!
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Sobre as «Portas do Mar»:
http://www.portasdomar.com/main.asp
Sobre os objectivos do Direcção Regional dos Transportes Aéreos e Marítimos em:
http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sre-drtam/default.htm?lang=pt&area=ct
- Promoção dos portos da Região junto dos principais mercados do Turismo de Cruzeiros;
- Reparação, reabilitação e construção das diversas infra-estruturas portuárias da Região Autónoma dos Açores;
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-Pergunta adicional:
como é feito actualmente o controle de fronteira dos pax´s dos paquetes que atracam/fundeiam na Horta? Levam-nos á marina? enfim....
LC, por mim chega; agora é a sua vez...
;D
cumptos
amg

Parmezana disse...

Hello from Thessaloniki in
Greece.


Meet my other blog
www.parmezana.blogspot.com

Lc disse...

Em relação às zonas de pescas, e de movimentos inter-ilhas, parece que o projecto agrada, embora desconheço se as pessoas interessadas (pescadores,etc...) tenham sido consultados sobre essa questão, mas penso, segundo aquilo que oiço por aqui e por acolá, que até não está mal, não sei se tem as passadeiras rolantes para as bagagens, pois desconheço pormenores, mas tem certamente melhores condições do que a actual.
Vamos aguardar pelo próximo "desenho" para ver se o que estava no 1º projecto se mantém. O que está a preocupar os Faialenses, é mesmo o cais de cruzeiros, aqui é que está o tal problema, de prometer e agora não querer fazer. Pois achamos, que cada "coisa" tem o seu lugar, andar a misturar cargueiros, ou navios de matérias perigosas, com navios de cruzeiro ou excedentes da marina, é que não tem muita piada, principalmente para poupar uns trocos. Sem querer puxar para a conversa muito barrismo, mas é de uma pessoa ficar a olhar para isto e ficar mesmo pasmado.
Por exemplo, no Sábado assistiu-se na nossa RTP-A, a uma reportagem de uma grande limpeza feita no fundo da baía de Angra, é de louvar tal iniciativa, mas é triste ver os "pontões" da marina de Angra completamente vazios, nem um "iatinho" para amostra, são estes que nos estão a fazer falta à muitos anos, mas aqui tem de se poupar, em Angra ou Ponta Delgada, não é necessário...! Será que tudo no Faial, tem de ser tipo "esmola", estes senhores para a capital do iatismo dos Açores, só fazem favores????
É tudo tirado a ferros, e o Sr. Secretário, agora anda mais poupado do que nunca, enfim...

Lc disse...

Quanto ao nosso "amigo" POTRAA, partindo do principio, que são apenas linhas de orientação, e acreditando que não é impedimento para a realização ou não desta obra, realmente tem lá algumas coisas interessantes. Uma delas,segundo diz o nosso amigo AMG, é que o porto da Praia da Vitória é o que tem melhores condições naturais na RAA, bem se já foi dito que a principal porta de entrada nos Açores, no que diz respeito a Iates, era Ponta Delgada, não será de estranhar que o Porto da Praia da Vitória passe agora a ser o que tem melhores condições naturais...!
Uma "condição natural" que lhe é reconhecida por todos, é o de ser violentamente fustigado pelo mar, não tivesse ele já sido destruído 2 vezes. Aqui é considerado um investimento seguro, pois lá já estão "enterrados" muitos milhões e sabe Deus, senão haverá muitos mais para enterrar, enfim não é preciso poupar aqui, o mar destroí, o Sr. Secretário conserta, lol.

Lc disse...

Quem está na origem da escala destes navios, aqui na Horta, em alguns casos, será o armador, em outros será o Grupo Bensaúde e a Faialtráfego. Os navios começaram a atracar, devido em grande parte ao rebocador, embora muito boa gente diz que também é manobra política, para fazer ver, que assim dá para poupar uns troquinhos, e que não é preciso o tal cais..., em relação à recepção dos turistas, penso que é feita por algúem do SEF, que se desloca lá (porto) com essa finalidade.
Quanto ao resto, está tudo certo, é claro que é necessária uma evolução na maneira de encarar o turismo nestas terras, mas antes de nos preocuparmos com isso, é fundamental criar as condições para tal.
Por isso, acho que numa coisa estamos todos de acordo, há que pressionar no sentido de não comprometerem o nosso futuro, mas também sabemos que se esta obra for feita a gosto do Sr.Secretário, estamos bem "lixados". O que mais podemos fazer?

Lc disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lc disse...

Para terminar, em relação ao aeroporto, quem sabe daqui a uns tempos, voltamos ao assunto, já se sabe o que os Faialenses pretendem, está prometido...a ver vamos se aqui também vão fugir com o "rabinho à seringa", no entanto e citando o nosso amigo PROTAA, aqui fica uma frase curiosa:
"...a sua influência e o conjunto de serviços e equipamentos, estendem-se para além dos seus limites geográficos, razão pela qual as infraestruturas portuárias e aeroportuárias assumem aqui uma maior relevância,..." isto relativo à ilha do Faial.
Eles saber, sabem, agora querem fazer já é outra coisa...!

Lc disse...

Em cima é para ser:
Eles saber, sabem, agora querer fazer já é outra coisa...!

Carlos Faria disse...

apenas um elogio aos participantes desta discussão que leram em pormenor ou se esforçaram para ler ligeiramente planos como PDM, POTRAA, PROTA, etc. porque, por norma, muitos falam, mas poucos se esforçam por estudar documentos (é mais fácil dizer que foram pouco divulgados), mais grave ainda quando têm responsabilidades políticas e económicas, depois é tarde. Uma mentalidade que tem de mudar e quem quer mesmo participar encontra sempre o que está à discussão.

Anónimo disse...

«O que mais podemos fazer?»
LC: não gosto nada desse espírito...!!!
Estive aí o ano passado e o pior que encontrei foi essa acomodação com «o que está»; quando estive a trabalhar nos fins dos anos 80 notei mais «pica» na cidade e seus «agentes» (na altura a guerra era o aeroporto; ainda me lembro de desembarcar no TAP semanal e ir buscar as malas a um balcão...); ou então eu tinha outra idade...
Não pode ser, tem que se acordar a Horta!
Em Portimão estão paquetes (do calibre desses de 200m) a atracar num cais com uma gare marítima; sabe quem fez aquilo? foi a própria câmara (dragagem incluida)!!! E este ano um armador espanhol vai inaugurar uma linha de ferrys ro/ro de 20.000ton para o Funchal...
Por aí, ao que parece, ainda vão «pingar» alguns milhões da UE. Há que aproveitar.
Para os paquetes, a tal «massa crítica» melhoraria se fizessem força com o Pico (beneficiário directo) e puxassem por S.Jorge (beneficiário indirecto, nesta fase); vejam as projecções de visitas para 2006...
Tem é que se ter o porto em condições de apresentação; é uma das porta de entrada. Senão pode ser mais um argumento para eles fugirem...

Praia da Vitória: eu também não queria acreditar no que li: está lá bem escritinho: pág 129 do «pdf» (do vol.1); como o link completo ficou escondido na caixa dos commment´s, volto a colocá-lo:
http://sram.azores.gov.pt/drotrh/prota/docsdp/
prota/volume1_mai2k8.pdf

(escrito ao som da chamarrita do blog do «geocrusoe»)
:D
cumptos
amg

Lc disse...

Caro amigo, acredita que este espírito, não tem nada a ver com o meu, se assim fosse, não andava a perder horas com este blog a promover a nossa linda ilha azul.
Vi aqui, gente com vontade de mexer, infelizmente não sou presidente da câmara (esse desapareceu - no que diz respeito a este assunto, nem deputado - esses são fieis á bandeira, não à ilha, etc.) Aqui foi dito muitas verdades, fizeram um debate cá na ilha, a maioria entrou calada e saiu muda. Aqui (blog), todos estamos disponiveis para mais, acho eu...mas qual o próximo passo???
Acho que agora, estamos à espera do dia 30, para ver o novo "desenho", mas até lá, aceitam-se sugestões.
Um abraço

Anónimo disse...

Já agora, para terminar por hoje: as visitas ao so blog aumentaram com este tema?
(notei alguns da Terceira...)

amg

Anónimo disse...

Ainda fiz uma pesquisa adicional, pelo que deixo aqui dois links que o Governo Regional disponibiliza sobre a remodelação do Porto.
-> esquema da remodelação proposta para o Porto(deve ter sido o mais difundido):
http://www.aia-azores.org/Fig_Porto_Horta.pdf

estudo de impacto ambiental:
http://www.aia-azores.org/RNT_Portohorta.pdf

amg

PS: Ter sempre presente:
38º32´N
28º38´W