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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O BRASÃO DOS FLAMENGOS - PARTE II

NOTÍCIA HISTÓRICA

A Freguesia dos Flamengos trás desde a sua origem três marcas históricas que convém ficar no brasão da sua comunidade.

1) A Ribeira dos Flamengos, que recolhia a água permanente, que corria das Bicas, razão que levou os povoadores Flamengos a irem fixar-se no Vale da Ribeira dos Flamengos, como relata Gaspar Frutuoso: "onde se chama Farrobo, e adiante para o ocidente, está uma freguesia chamada a Ribeira dos Flamengos, da invocação de Nossa Senhora da Luz..., com Igreja de três naves sobre cinco colunas, grande e bem feita, que antigamente situaram os Flamengos..."
O cronista, o primeiro, que escreveu as Saudades da Terra, sobre a História dos Açores, entre 1580-1590, faz referência à Ribeira e ao culto da Senhora da Luz, que a 1ª Expedição de Flamengos, em 1466, ali fixou numa ermida, coberta de colmo, mesmo ao lado da Ribeira. (...)

2) Temos pois a Ribeira, que fica a atravessar o brasão, a imagem da Senhora da Luz, que os Flamengos tomaram como sua padroeira e a flor-de-lis, que é o distintivo da Casa de Flandres, do Duque de Borgonha...

3) Ob.Cit. Edição do Instituto Cultural da primeira expedição de Flamengos em 1466, ano em que desembarcaram na Ilha do Faial, no lugar da Praia do Almoxarife e se dirigiram, depois, à procura de água, boa planície, o lugar da Ribeira que tomou o nome da Ribeira dos Flamengos, como era conhecida então, a freguesia.
Hoje ainda é povoação, que na topomínia e na antropologia guarda muitos caracteres somáticos e históricos dos povoadores Flamengos, que ali se fixaram na segunda metade do século XV.

Padre Júlio da Rosa

Nota final - Nem imaginava, o quão é complexo, o processo de elaboração dos Símbolos Heráldicos, fica aqui o registo quase na integra desta freguesia.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

AS NOSSAS FREGUESIAS


FLAMENGOS



Única freguesia no interior da ilha, deriva a sua designação dos primeiros povoadores - famílias flamengas - que por aqui se fixaram, atraídas pelo fértil e abrigado vale da ribeira, com algumas fontes de água de muita boa qualidade.













Em 1466, um nobre flamengo, Josse Van Huertere, acompanhado por alguns amigos, realiza uma viagem de exploração à ilha. Não descobre riquezas, mas entusiasmado com a sua beleza e fertilidade, decide ficar e em 1468 obtém a carta do capitão do donatário e autorização do rei para trazer para a ilha colonos desejosos de abandonar uma Flandres devastada pela guerra dos Cem Anos.














São os flamengos que introduzem no Faial o cultivo do pastel, planta tintureira utilizada na Europa, que juntamente com o cultivo do trigo, vão ser o suporte da economia da ilha durante dois séculos.








Nesta freguesia temos a destacar:


- a Igreja (Igreja de N. Sra. da Luz), terá sido edificada pouco depois do povoamento do local. Saqueada por corsários ingleses, destruída e reconstruída por diversas vezes, tanto por sismos como por um incêndio, no momento encontra-se destruída pelo sismo de 9 de Julho de 1998.



- a Ponte, construção iniciada em 1903, só foi concluída em 1908. Esta veio substituir uma antiquíssima ponte pedonal de pedra muito estreita e de pequena altura.



- o Fontanário das Bicas, é bebedouro público datado de 1852. Próximo fica um dos locais onde as lavadeiras da freguesia lavavam as roupas nas poças de água da ribeira.



- a Quinta de São Lourenço, é um espaço privilegiado onde se realizam Feiras e Exposições de Artesanato, Folclore e de Actividades Económicas. É sede dos Serviços de Desenvolvimento Agrário do Faial.




- o Jardim Botânico, instalado na Quinta de São Lourenço, com casa senhorial e uma capela do séc. XVII, criado em 1986, proporcionando aos visitantes o conhecimento das plantas endémicas dos Açores e da Macaronésia e das plantas com propriedades medicinais existentes nas ilhas.




- Largo Jaime Melo, na Estrada da Caldeira, situa-se a Ermida de São João, onde pode desfrutar de mais um miradouro natural. A partir daqui, pode-se subir à Caldeira do Faial.
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