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segunda-feira, 15 de junho de 2009

A ROTA

Corria o ano de 1919, o saudoso jornal "O TELEGRAFO" no seu nº 7496 (em formato reduzido pelas circunstâncias da guerra), falava do acontecimento do dia, da semana, do mês, do ano, etc.

Falava do NC-4, o hidroavião que descobriu A ROTA, da nossa ilha, ao realizar o que seria o primeiro voo transatlântico.

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Hoje 90 anos depois a Rota das Hortênsias, também quis assinalar o facto e deixa aqui o link para a primeira parte desta história (vista a fundo) e publicada aqui:


http://aviation-in-faial.blogspot.com/2009/06/historia-do-primeiro-voo-transatlantico.html

domingo, 4 de janeiro de 2009

EM VÉSPERAS DE NOVAS OBRAS

É TEMPO DE RECORDAR OUTRAS...

Parque de Contentores



Fotos cedidas pelo Sr. Alexandre Sequeira





Arranjo e alargamento do Plano Inclinado



e do local de retirada das embarcações da água.




quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O PRINCIPE E O VULCÃO

Histórias de uma vida...

Numa "parceria" com a Revista da Armada, para a ilustração de um trabalho realizado pelo Sr. Luís Filipe Silva e publicado no blog Hardware In Faial , surgiu a oportunidade de contar mais esta história de grande interesse para os conteúdos históricos deste blog, são momentos da vida de pessoas que "viveram" os acontecimentos, que tanto se fala por aqui.



O nosso interlocutor, foi destacado em Março de 1957 para o Patrulha P581 ("Príncipe"), onde prestou serviço durante alguns meses, aqui vou deixar dois momentos que marcaram a vida deste homem e também a história do Faial.

O primeiro tal como a foto anterior documenta, tem a ver com a lenda da muralha do Porto da Horta:

"Também, para cumprir a tradição de todos os marinheiros que escalavam o Porto da Horta, na ilha do Faial, era imperativo que a imagem do “Príncipe” ficasse gravada, em adequada dimensão, na parede de pedra do molhe, frente à posição em que o navio estava atracado. Muitas pinturas atestavam a passagem de outras guarnições, nacionais ou estrangeiras, com os respectivos nomes e, por vezes, com esboços mais ou menos perfeitos das imagens dos respectivos navios. A imagem do nosso, navio da Armada Portuguesa, tinha que ser, sem hesitações, a melhor e mais bem pintada delas todas!"


"Recordo o salutar entusiasmo da guarnição quando a nova tarefa de “pintar o navio” lhes foi comunicada e como logo apareceram dois artistas voluntários para o trabalho. Entretanto, a exigência de fidelidade e perfeição pretendidas não se compadeciam, mesmo com a natural habilidade desses voluntários e, assim, foi adoptada uma solução mais pragmática embora menos “artística”: Eu tinha várias fotografias do “Sal”, a preto e branco, tiradas de perfil, durante as nossas saídas em comum. Tinha a bordo, como de costume, para além da minha Leica M3, o meu projector de slides. Nessa noite, á distância correcta para uma imagem de dimensões generosas, projectou-se, na parede escura do molhe, uma fotografia do “Sal”, irmão gémeo do “Príncipe”. Sendo um negativo, a imagem do navio aparecia muito luminosa no fundo escuro. Foi, assim, fácil, para os “artistas”, delinearem, com a maior exactidão, o seu perfil. Claro que depois, durante a pintura nas suas cores naturais, foi o P 581 que apareceu no mural, com a lista de toda a guarnição ao lado."


"Quando, vinte e cinco anos mais tarde, nas minhas longas permanências oficiais açorianas e frequentes visitas ás diferentes ilhas, procurei a “marca” da passagem do “Príncipe” por aquelas paragens, tive a triste desilusão de ver que, no local onde presumivelmente estaria aquela tão bem conseguida obra, não havia qualquer vestígio, porque o tempo (o mau tempo...) se encarregara de a apagar ou porque, á falta de mais espaço, outros tinham pintado por cima dela a sua própria marca. Mas não é assim a vida? "



O segundo momento, claro está, em 1957 só poderia ser o Vulcão dos Capelinhos, aqui fica alguns excertos:

"Mas, das minhas memórias desse tempo, o espectáculo que mais me impressionou, pelo que para mim teve de inédito e pela sua grandiosidade bem reveladora do que são as forças da Natureza, foi, sem dúvida, o poder ter assistido, em Outubro desse mesmo ano, ao nascimento do vulcão dos Capelinhos e ter-me apercebido de como um fenómeno natural daquelas dimensões pode ter tanto impacte nas vidas das pobres populações de toda a área por ele afectada."


"Foi durante esta crise que o “Príncipe” muito colaborou no esforço das autoridades locais para resolver os problemas surgidos naquela emergência. Assim, para o transporte de víveres das outras ilhas para a Horta e o transporte de desalojados do Faial para fora, o navio foi chamado a fazer, várias vezes, os percursos inter-ilhas. "

"Recordo uma dessas idas até ao vulcão com o 1º Tenente Junqueira e esposa e, noutra ocasião, a presença, a bordo, de dois cientistas bem conhecidos do meio naval, que nos acompanharam de Ponta Delgada até ao Faial em missão de estudo daquele fenómeno. Eram eles o Professor Dr. Orlando Ribeiro que já não se encontra entre nós há vários anos e a Professora Dra. Raquel Soeiro de Brito, hoje mui digna Vice-Presidente da Academia de Marinha." (foto)

Aqui fica o link, para uma leitura na íntegra do Artigo:

http://www.marinha.pt/extra/revista/ra_ago2007/pag_12.html

  • Citações e fotos - "Revista da Armada", nº411 - Agosto 2007, Tomás George Conceição Silva - Gen. da F.A.P.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

DOCA DA HORTA RECEBEU MAIOR NAVIO DOS ÚLTIMOS 20 ANOS

MEIOS TÉCNICOS DO PORTO DA HORTA PERMITIRAM ATRACAGEM DE NAVIO COM 205 METROS




"O porto da Horta recebeu ontem o maior navio que atracou no molhe da doca nos últimos 20 anos.
Trata-se do cruzeiro turístico Black Watch, com 205 metros de comprimento e 7,5 metros de calado (a parte imersa do navio).




"Desde que estou cá é o maior navio que atracou na Horta", disse ao INCENTIVO o presidente do Conselho de Administração da APTO (ex-Junta Autónoma do Porto da Horta).

Ângelo Andrade explicou que uma operação de atracagem implica a conjunção de diversos factores que, no caso presente, se conjugaram, permitindo que o Black Watch não fundeasse na baía, fora da doca, como costuma acontecer com navios de idêntico e, naturalmente, porte superior.

Além do comprimento do navio tem que ser tido em conta, nomeadamente, o calado e a área vélica, para além das condições do tempo e do mar. "Se o navio tivesse chegado ontem não atracava", exemplificou Ângelo Andrade.

O Presidente da APTO disse também que para esta operação foi fundamental a forma como o porto da Horta se encontra equipado com meios técnicos auxiliares das manobras. "Sem o rebocador Ilha de São Luís, que se manteve presente durante as manobras, elas não teriam sido feitas", adiantou, revelando o papel de uma "nova geração de pilotos" locais.

O facto de o barco ser de construção um pouco antiga - deverá ter sido construído na década de 1970 - , não segue, por isso, a linha de arquitectura naval mais recente, em que os navios são mais altos.

Ora, isso também constituiu um factor favorável à atracagem, pois a resistência ao vento é menor.

A acostagem do Black Watch também representou, do ponto de vista dos passageiros, um melhor aproveitamento do tempo, pois mal foram lançados os cabos para terra, os autocarros já se encontravam prontos para o transporte dos turistas.
E como é habitual nestas ocasiões, a cidade da Horta encheu-se logo de gente, que aproveitou a tarde "de Verão" que ontem ocorreu, uma espécie de oásis nestes dias de chuva, que, segundo as previsões, vão continuar.


A bordo viajam 757 turistas e 357 tripulantes. O barco desloca quase 29 mil toneladas, com bandeira das Bahamas e dirige-se para a Praia da Vitória, agenciado pela Bensaúde.

O porto da Horta, recorde-se, vai ser alvo de uma ampla remodelação, cujo processo já se iniciou e que inclui a construção, na zona Norte da baía, de um cais com 300 metros, precisamente destinado a este tipo de tráfego.

A presença de cruzeiros turísticos na Horta é frequente, desde sempre. Só este ano o Faial recebeu, com o Black Watch, 12 navios."


texto e fotos de Souto Gonçalves
publicado no Jornal "INCENTIVO" no dia 08 de Novembro de 2007

terça-feira, 2 de outubro de 2007

ARTESANATO

NO MÍNIMO INVULGAR


A baía da Horta, é reconhecida por muitos, como uma das baías mais bonitas dos Açores. Já todos nós a vimos em filmes, fotografias, postais, pinturas, etc.



Confesso que nunca a tinha visto, pintada desta forma:







Aproveitando uma simples concha de uma "lapa", uma verdadeira obra de arte, já com alguns anos.






Invulgar, é também as dimensões da concha, hoje quase impossível de encontrar.

sábado, 29 de setembro de 2007

Observatório Príncipe Alberto do Mónaco

Situado no Monte das Moças, tem uma vista privilegiada sobre a baía da Horta, baía de Porto Pim e freguesia das Angústias. Foram as expedições que o Príncipe Alberto do Mónaco realizou nos Açores, que estiveram na sua origem, tendo ficado concluído em 1915.

As suas observações foram transmitidas para quase todos os Continentes, através do cabo telegráfico submarino.

Em 1923 recebeu o nome, pelo qual é conhecido ainda hoje, em homenagem ao Príncipe.

Actualmente, está a necessitar de algumas obras de conservação...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Monte Queimado View

UM PONTO DE VISTA DIFERENTE

sábado, 25 de agosto de 2007

GENERAL ARMSTRONG - NAVAL BATTLE



"LONG TOM"




Em 26 de Setembro de 1814, durante a guerra entre os Estados Unidos e o Reino Unido (1812-1815), ancorou no porto da Horta, o "Brig-of-war General Armstong", era comandado pelo Capitão Samuel Reid, conhecido pelas suas inúmeras vitórias em batalhas navais.

O "General Armstrong", estava equipado com 24 canhões, entre os quais se encontrava seis peças de artilharia de 9 libras, uma delas com o nome de "Long Tom".
Ao fim desse dia, entrou no porto da Horta, três poderosos navios de guerra Ingleses, sob o comando do Almirante Robert Lloyd, no seu conjunto totalizavam 130 peças de artilharia.
O Brigue Americano, confiante que a neutralidade do porto da Horta seria respeitada pelos Ingleses, permaneceu onde estava, mas foi surpreendido durante a noite com a tentativa de assalto por alguns escaleres inimigos, acção esta prontamente desfeita pela artilharia Americana.






Gravura colorida à mão, por Nathaniel Currier (Library of Congress)



Assim teve inicio a batalha, e foi nesta altura que o poderoso canhão conhecido por "Long Tom", começou a fazer a diferença, resistindo a forças superiores Inglesas, até que por fim, o Capitão Reid ordenou o afundamento do Brigue Americano, para este não cair em mãos inimigas.





O afundamento do "General Armstrong", na baía da Horta



Os Ingleses perderam entre mortos e feridos, mais de duas dezenas de homens, enquanto os Americanos tiveram 2 mortos e 7 feridos.
Mas o facto mais decisivo, foi o irremediável atraso na chegada da armada Inglesa ao continente Americano, dando tempo para as tropas Americanas, se prepararem para o ataque, impedindo assim a sua conquista.




A história que se escreveu...

Quanto ao "Long Tom", foi recuperado do fundo da baía da Horta, e fez parte das peças de artilharia do forte de Santa Cruz, onde foi encontrado em 1890, pelo filho do Capitão Reid que veio ver o cenário, onde seu Pai 76 anos antes defrontou três poderosos vasos de guerra Ingleses.
No seu regresso a Washington, pediu ao Presidente dos Estados Unidos, que tentasse junto do Rei Português, a devolução da peça aos Americanos, assim foi e hoje o "Long Tom", encontra-se no Arsenal da Marinha de Guerra em Washington, exposto como recordação dessa batalha naval, travada na baía da Horta.




O "Long Tom" de partida para os Estados Unidos.